Diego Breciano, serviços gerais, estava sozinho em casa com o enteado, Daniel Machado Dutra Manheze, no momento do crime. De acordo com o delegado que acompanha o caso, Marcelo Guarnieri Parra, em depoimento, o suspeito confessou que jogou Daniel contra a parede e que esperou a mulher chegar do serviço para socorrer a vítima.
Patrícia, a mãe do menino, estava no serviço quando soube que a criança estava em casa desacordada. Ela levou Daniel ao Pronto Socorro central junto com vizinhos.
No Pronto Socorro o clima era de tristeza e dor ao ouvir os gritos desesperados da avó paterna do menino. - Gritos da avó pelos corredores da unidade: “Esses monstros mataram meu neto. Eu não tenho mais meu anjinho. Ele parou de sofrer”.
Dalva Dutra Santana dos Santos, 57 anos, avó de Daniel, disse que o menino teve que fazer drenagem no crânio por conta de outras agressões já sofridas pela mãe e o padrasto. “Eles já vinham espancando meu neto outras vezes. Fiz fotos dele com o corpo todo cheio de hematomas”, fala chorando a aposentada.
Ainda segundo o delegado, Diego nega que tenha abusado de Daniel antes do crime. “Ele (Diego) confessou que jogou a criança na parede. Um dos médicos constatou que o menino tinha lesões anais visíveis, mas vamos aguardar o laudo do IML para poder concluir o caso”, disse o delegado.
A mãe de Daniel e o padrasto foram encaminhados para a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São José do Rio Preto. O delegado explicou que a mãe será ouvida em Rio Preto para evitar maiores tumultos na delegacia, mas que não será presa. Diego foi indiciado por homicídio qualificado e ficará detido. Se condenado pode pegar até 30 anos de cadeia.
O laudo do IML (Instituto Médico Legal) com as causas da morte de Daniel deverá sair na próxima terça-feira.
POPULAÇÃO REVOLTADA
A notícia chocou a pequena cidade de Nova Aliança com pouco mais de 5 mil habitantes. Mais de duzentas pessoas cercaram a delegacia do município para protestarem contra o ato da mãe e do padrasto.
“Isso deixa a gente indignado. A população está abalada”, fala a vendedora, Camila de Oliveira Guilhermite.
Policiais da Força Tática de Rio Preto e homens da Polícia Militar de José Bonifácio estiveram no local para apoiar e conter os manifestantes. Revoltada, a população acusava o casal de assassinos.
Escoltado por diversos carros de polícia, Diego saiu abaixado e algemado em uma das viaturas. Já Patrícia, os policiais realizaram um forte esquema de segurança e ninguém viu a saída da mãe do menino.
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