no Jardim São Benedito, na cidade de Pitangueiras. proximo a Ribeirão Preto .A criança, um menino, foi encontrada pelos moradores da casa sem roupas e ainda coberta com sangue, placenta e com o cordão umbilical enrolado em volta do pescoço. A primeira informação, porém, era a de que se tratava de uma menina.
A mãe da criança, que não teve o nome divulgado, foi localizada após precisar passar por atendimento médico.
A dona de casa Célia Regina Vicente, 37 anos, contou que por volta de 1h30 o marido ouviu um barulho estranho na rua. Depois de prestarem mais atenção, eles ouviram o choro da criança.
"Ele [marido] saiu e viu o bebê no chão, em frente ao nosso portão. A gente não sabia o que fazer, porque ele podia ter algum machucado, então ligamos para a polícia, que disse para deixá-lo como estava até eles chegarem.
Apenas o cobrimos com um lençol e logo os policiais chegaram", conta Célia.
Saúde boa
A criança foi levada para a Santa Casa da cidade, recebeu os primeiros atendimentos, tomou vacinas, mamou e agora aguarda no berçário do hospital, até que seja decidido sobre sua guarda.
O bebê está com o quadro de saúde bom. Ele nasceu com 50 centímetros e pesa 2,7 quilos.
A mãe da criança foi identificada pela polícia na manhã desta quinta, quando passou por atendimentos na Santa Casa. Segundo a polícia civil, a mulher teve o filho sozinha, em uma casa próxima ao local onde o abandonou. Ela deve responder por abandono de incapaz.
Segundo o Conselho Tutelar de Pitangueiras, a mãe tem 18 anos, é moradora de Barrinha e não tem interesse em ficar com a criança. O suposto pai não reconhece a paternidade.
"Vamos encaminhar o relatório para o juiz até o fim da tarde de hoje [quinta] e vamos aguardar um estudo psicológico com os parentes de Barrinha, para decidir sobre a guarda da criança. Tem uma tia da mãe do bebê que tem interesse em ter a guarda", diz a conselheira Selma Ribeiro.
Emoção
A família que encontrou o bebê está emocionada com a situação. "Foi emocionante poder ajudar o bebê e só de saber que ele está bem ficamos muito felizes", diz Júnior César Alves, 19 anos, filho de Célia, que foi durante o dia no hospital visitar a criança e saber seu estado de saúde.
"Para mim uma pessoa dessas não é mãe. Mesmo com dificuldades, a gente cria três filhos, jamais faria uma coisa dessas", fala Célia.
Se sentindo parte da vida do bebê, a família pretende o acompanhar, mesmo que a distância. "Quero muito saber como ele vai estar depois, quero que fique bem", diz Júnior.
Araraquara
No dia 14 de agosto, um bebê foi abandonado na calçada em frente ao Hospital São Paulo, em Araraquara. A menina, que recebeu o nome de vitória, ficou 20 dias na UTI até receber alta e ganhar um novo lar. Uma família, que estava no topo da lista de espera de adoção, cuidará da bebê. A mãe da criança não foi identificada.
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