Além da Euclides da Cunha e da Assis Chateaubriand, as máquinas podem ser vistas na Armando Salles de Oliveira (entre Bebedouro e Olímpia), na SP-304 (entre Novo Horizonte e José Bonifácio) e na rodovia Cezário José de Castilho (entre Novo Horizonte e Catanduva). A maioria dos trechos em obras não tem acostamento, está com a sinalização de solo confusa e com pouca visibilidade para os motoristas, possui uma grande quantidade de desvios, curvas perigosas, além da presença de muitos homens e máquinas na pista. O congestionamento é inevitável.
O montador Fernando Redigolo, 24 anos, que mora em Bálsamo, disse que com as obras na rodovia prefere utilizar as vicinais para se locomover em pequenos trechos e evitar os transtornos causados pelas obras, e o risco de acidentes. “Essa pista já era perigosa antes, quando era pista simples, agora, com esse monte de obra ficou ainda mais difícil passar por aqui”, afirma.
Redigolo porém, acredita que grande parte do aumento no número de acidentes se deve à imprudência dos motoristas que não respeitam a sinalização e a velocidade máxima. “Vemos todos os dias muitos motoristas passando aqui em alta velocidade. O condutor deve ter um pouco mais de cuidado, ainda mais sabendo que a pista está em obra”, diz.
A frentista Vera Lúcia Ribeiro, 39 anos, que trabalha em um posto de combustíveis em frente à rodovia, acredita que o grande fluxo de caminhões aumenta ainda mais o risco de acidentes. “Essa rodovia tem grande fluxo de veículos, principalmente caminhões carregados de cana e combustíveis, e isso aumenta ainda mais o perigo da estrada. Eu evito o máximo que posso passar por aqui”.
A polícia rodoviária estadual orienta para que os motoristas redobrem a atenção e respeitem a sinalização do local, principalment com relação ao limite de velocidade. “Para evitar acidentes basta que o motorista trafegue em velocidade compatível e de acordo com a sinalização, repeite a distância de segurança para o veículo que segue à frente, ultrapasse somente em locais permitidos e sempre sinalize previamente as manobras com sinais luminosos do veículo”, explica o comandante da PRE Fabiano Ferreira Nascimento.
Ainda de acordo com ele apesar do aumento no número de acidentes registrado nas rodovias que estão em obra, o número de autuações também cresceu, além do fluxo de veículos que cresce ano a ano. “O aumento do número de acidentes se deve em grande parte as obras de duplicação, porém, a imprudência do motorista também tem grande participação nisso. Em 2011 autuamos 698 motoristas, já em 2012, até ontem, foram registradas 708 multas por embriaguez ao volante”, diz Nascimento. O capitão diz ainda que os condutores devem ficar mais atentos durante os feriados, quando o movimento das vias triplica de volume.
Na Assis Chateaubriand, queixa é pela lentidão
Na rodovia Assis Chateubriand, o problema maior enfrentado pelos motoristas com as obras é a lentidão da via, que entre os quilômetros 179 e 181 tem apenas um sentido liberado por vez a cada 15 minutos. A rodovia está com uma das pistas interditadas devido às obras.
O motorista profissional que transporta combustíveis entre cidades da região afirma que as obras, apesar de necessárias, causam muitos transtornos e aumentam o perigo do local.
“Uma viagem de Guaíra para Guapiaçu que antes eu conseguia fazer em duas horas e meia agora demoro de três horas e meia a quatro horas. Isso prejudica muito o nosso dia a dia, já que ganhamos por viagem feita”, explica. Para o motorista a via também poderia ser melhor sinalizada, principalmente durante o período noturno.
“De dia a sinalização está eficiente, mas à noite poderia ser melhor. Além disso, a polícia deveria ficar mais em cima dos motoristas que dirigem em alta velocidade e embriagados. Acredito que isso reduziria bastante o perigo de acidentes e mortes”, diz o caminhoneiro. No sábado, um motorista morreu depois de bater contra um caminhão que cruzava o trevo de acesso a um condomínio localizado em Guapiaçu. Junior Roberto Simão Pietro, 22 anos, morreu na hora, a mulher dele segue internada.
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