sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Região de Olímpia faz produtores mudarem para cultura do Palmito
Em Olímpia sempre teve tradição na produção de cana e laranja , produtores encontram na cultura boa alternativa , por causa de demanda.
Um projeto de incentivo à produção de palmito pupunha começa a dar resultados em Olímpia .A alternativa gera renda a pequenos agricultores durante o ano todo.
A paisagem mudou na pequena propriedade de um hectare e meio do produtor Osvaldo Minani. Durante três décadas, a área foi ocupada por um pomar de laranja. Há pouco mais de um ano e meio as laranjeiras deram lugar a um sombreado de palmeiras de pupunha.
O produtor acabou de fazer a primeira colheita para a retirada do palmito e ficou satisfeito com o resultado. “A gente esperava uma colheita com 18 meses e colhemos 20% do plantado. O retorno é mais rápido que a laranja, o custo de manutenção é menor e a renda é distribuída no ano todo”, afirma.
A região de Olímpia sempre teve tradição na produção de cana-de-açúcar e laranja. Mas com o baixo preço da fruta, os agricultores foram incentivados pela Secretaria Municipal de Agricultura a inovar. Então foram distribuídas 65 mil mudas de palmito pupunha para pequenos agricultores. A planta é uma alternativa que se adapta bem às condições da região. “A produtividade é o ano todo e o produtor pode ter uma renda mensal, ou trimestral, diferente de outras culturas que têm um período só, que pode ser prejudicado pelo clima”, diz o engenheiro agrônomo Sílvio Pelegrini.
Lucro que atrai outros produtores para investir. João Henrique Cintra não perdeu tempo. Ele ganhou duas mil mudas da prefeitura e fez o plantio em um espaço pequeno, de meio hectare, mas que ele pretende aumentar em breve. “É bem melhor a produção, não precisamos ter muito veneno e é um trato simples, só manter limpo e irrigado. Vou investir mais nesta cultura”, conta o produtor.
Os produtores encontraram nesta cultura uma boa alternativa, por causa da demanda. Antes, os donos das indústrias da região que processam o palmito tinham que buscar o produto até em outros estados. Agora, com a produção mais perto, todos saem ganhando. “Fica mais fácil porque o frete fica mais barato e podemos até dividir com os produtores”, explica o dono de indústria, Sérgio Rosolen.
Uma beneficiadora da cidade processa 35 toneladas de palmito por mês. Apenas 15% é própria e mesmo com a produção dos pequenos produtores ainda falta muita matéria prima. “Já faz uns 14 anos que trabalhamos com isso e até hoje não supriu a quantidade que precisamos na região. Vamos buscar às vezes matéria prima longe, até mil quilômetros, porque ainda não tem o suficiente na região”, diz Rosolen.
Com compradores garantidos, quem experimentou trabalhar com esta cultura só pensa em investir mais. Osvaldo tem mais sete mil pés de palmito pupunha em crescimento e nem pensa em voltar a plantar laranja.
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