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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Justiça condena a 10 anos de prisão homem por morte de peão de rodeio


O Julgamento durou 10 horas e foi realizado em Novo Horizonte , O Ministério Publico vai recorrer da decisão por intender que a pena deveria ser maior.
O peão de rodeio Aparecido Alves dos Santos, 50 anos, foi condenado a 10 anos de prisão, em regime fechado, pelo assassinato do tricampeão de Barretos Virgílio Gonçalves, 35, em 2007. A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri de Novo Horizonte, ontem, após nove horas de julgamento. Virgílio foi morto com um tiro na cabeça. O crime aconteceu durante a Festa de Peão de Novo Horizonte. 

Durante o julgamento, os advogados de defesa do peão, Ribamar de Souza Batista e Jorge Geraldo de Souza, tentavam convencer os sete jurados - quatro homens e três mulheres - de que Santos matou o adversário das arenas em legítima defesa. Já o promotor de acusação, André Gandara Orlando, queria mostrar que, além de assassino, o peão também agiu por vingança, sem que a vítima tivesse chance de defesa.

O júri popular acatou parcialmente a tese do promotor e entendeu que o peão não deu chance de defesa para a vítima. Com isso, a pena inicial aplicada pelo juiz Sérgio Ricardo Biella chegou a 13 anos de prisão. No entanto, os advogados de defesa também convenceram os jurados que o peão havia sido provocado por Virgílio, já que minutos antes de ser morto, o tricampeão de Barretos agrediu Santos.

Essa tese, aliada à confissão do crime, colaborou para a redução da pena para 10 anos. O peão está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto desde a data do crime. Santos é reincidente. Ele já havia sido condenado a cinco anos de prisão por tentativa de homício em Itapeva, na região de Ourinhos. As duas condenações somam 15 anos de prisão, sendo que o assassinato é considerado crime hediondo.

Com isso, o peão, que já cumpriu cinco de prisão, terá que passar ainda dois terços da pena, que dá 6 anos, preso em regime fechado, antes de obter o benefício da progressão para o regime semiaberto. A Justiça Criminal ainda não decidiu em qual penitenciária o peão cumprirá a pena.

Julgamento atrai curiosos

Ao final do julgamento, que atraiu aproximadamente cem pessoas para o Fórum de Novo Horizonte, os advogados que defenderam o peão de rodeio Aparecido Alves dos Santos e o promotor de acusação, André Gandara Orlando, disseram que vão recorrer ao Tribunal de Justiça (TJ) para modificar a decisão dos jurados.

Enquanto o advogado Ribamar de Souza Batista alega que o assassinato cometido pelo peão deve ser enquadrado como crime de “homicídio simples”, o promotor destaca que o crime foi “qualificado”, ou seja, praticado com agravantes, como a vingança, e com “elemento surpresa”, já que Virgílio Gonçalves não teria tido chance de se defender do tiro que o matou.

“Houve legítima defesa. Ele (Santos) repeliu uma agressão que sofreu. Antes de disparar (o tiro), o réu foi agredido”, disse o advogado do peão. O promotor rebateu. “Ele (Santos) é tão sorrateiro que atacou a vítima pelas costas. O crime foi planejado, premeditado”, afirmou Orlando. O promotor vai pedir ao TJ que a pena aplicada contra Santos seja aumentada para 14 anos de prisão. Já o advogado quer a redução da pena para 8 anos de prisão. 

         

Choro


A mulher de Santos, Valdete de Lazeri, que é empresária em Novo Horizonte, acompanhou o julgamento. Ela passou o tempo todo sentada na primeira fila da plateia. E chorou várias vezes durante o julgamento. Valdete não quis conversar com a reportagem. Amigos de Virgílio também acompanharam o debate entre acusação e defesa. Eles também não quiseram comentar a pena aplicada contra o peão que matou o tricampeão de Barretos. 




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